O Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT) identificou quatro novos casos de hanseníase e já iniciou o tratamento dos pacientes. O diagnóstico foi dado nesta quinta-feira, 15, durante um mutirão de combate à doença, quando 94 pessoas procuraram o CRDT para fazerem exames.

Para que a doença fosse identificada, foram feitos testes específicos envolvendo a perda de sensibilidade na pele, uma das características da hanseníase. Além disso, os usuários foram submetidos a exames clínicos com coleta de amostras e avaliações do grau de incapacidade neurológica, porque a bactéria também atinge os nervos.

Segundo a diretora do CRDT, Inês Martins, o mutirão foi para chamar a atenção de pessoas que apresentam os sintomas e que o diagnóstico pode ser dado a qualquer momento. "Nós tínhamos a expectativa de receber mais pessoas, que acabaram não vindo ao centro por causa da chuva. Mas os exames, para identificar novos casos, são feitos todos os dias. O importante é diagnosticar precocemente para iniciar o tratamento", frisou Inês.

Os novos casos se somam aos outros 22 diagnosticados desde o início do ano. A dona de casa Maria da Conceição foi uma das pessoas que procurou atendimento. Ela estava com suspeita da doença pelas manchas na pele que apareceram no corpo há dois anos. "Meu filho foi diagnosticado com hanseníase aqui, há alguns anos, e em 2016, começaram a aparecer umas manchas em mim. Até então, não tinha procurado ver o que era. Fiquei sabendo do mutirão e vim fazer os exames", relatou a dona de casa.

No ano passado, foram confirmados 105 novos casos da doença pelo CRDT. As pessoas que tiverem dúvidas quanto à hanseníase, podem procurar o centro ou uma Unidade Básica de Saúde, onde também pode ser feito o tratamento