Secretaria de Saúde expõe aos municípios trabalho de prevenção ao tabagismo nas escolas
Temática foi abordada no terceiro dia do I Seminário Estadual de Políticas Públicas Integradas de Saúde na Infância e Adolescência.
Na manhã desta quarta-feira, 27, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) esteve reunida com profissionais da área e representantes das secretarias municipais de saúde para discutir o "Tratamento do Fumante na Rede do SUS no Estado do Amapá". A temática faz parte da programação do I Seminário Estadual de Políticas Públicas Integradas de Saúde na Infância e Adolescência.
Desde 2015, quando uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que 18,9% dos jovens amapaenses de 11 a 17 anos já tinham experimentado cigarro, a Sesa desenvolve ações de prevenção e combate ao tabagismo com políticas educacionais que levam aos jovens informações sobre o risco que a dependência da nicotina pode causar.
Segundo a responsável técnica pelo controle do tabagismo no Amapá, Assunção Rocha, para chegar a esse público as ações são desenvolvidas dentro das escolas. "O principal objetivo das ações é evitar que essas crianças experimentem o cigarro para que não se tornem dependentes. E o melhor lugar para alcançar esse público é nas escolas. No fim do mês passado fizemos um grande encontro envolvendo estudantes de várias instituições para que se tornassem multiplicadores e repassassem aos colegas essa consciência", explicou.
Assunção destacou, ainda, que na pior das hipóteses em que haja contato com cigarro o jovem seja amparado pela rede de saúde. Atualmente, apenas os municípios Macapá e Santana dispõem de tratamento ao tabagismo nas unidades básicas de saúde (UBSs). E chamar os responsáveis pelas secretarias municipais foi uma forma de mostrar a importância de se expandir o serviço.
O tratamento é feito com uso de medicamentos e terapia grupal com atendimento psicológico. Para a enfermeira Josilene Monteiro, uma das profissionais responsáveis pelo serviço na UBS do Marabaixo, desde que foi implantada a ação tem surtido efeitos positivos.
"Hoje estamos com quatro equipes desenvolvendo a assistência, em média, com três grupos durante o ano. Apesar dos esforços, deixar o vício depende muito da força de vontade da pessoa. Geralmente, de cada 15 que iniciam o tratamento, sete conseguem, de fato, parar de fumar", ressaltou Josilene Monteiro.