terça, 20 de abril de 2021 - 16:39h
Governo do Amapá oferta novo procedimento de alta complexidade no programa Mais Visão
A vitrectomia é indicada em casos de doenças na retina que não podem ser tratadas somente com o uso de colírios e para solucionar complicações de cirurgias oftalmológicas anteriores.
Por: Karla Santos
Foto: Erich Macias / Secom
Fernando Luis Susanna, retinólogo do programa Mais Visão, realizando a vitrectomia em Luiz Lobato, de 85 anos.

O programa Mais Visão, do Governo do Amapá, está em atividade desde o ano passado, contabilizando mais de 7 mil cirurgias oftalmológicas, como de catarata e pterígio, devolvendo a visão para centenas de pacientes da rede estadual de saúde. No início de março deste ano a vitrectomia passou também a ser ofertada e, desde então, já transformou a vida de mais de 30 pessoas que passaram pelo procedimento.

A cirurgia de vitrectomia consiste na supressão parcial ou total do humor vítreo, um fluido de aspecto viscoso e transparente que fica localizado no interior do globo ocular. Após a remoção do vítreo é feita a utilização de uma solução salina, óleo de silicone ou gás para a substituição do fluido.

Luiz Lobato, de 85 anos, passou pela segunda cirurgia no Mais Visão, já que possui glaucoma no olho esquerdo e tinha catarata no olho direito, e devido a um descolamento de retina, ele teve que fazer o procedimento de vitrectomia.

"Essa cirurgia representa tudo, mas principalmente a autonomia que eu não tinha, porque não enxergava. Agora vou poder fazer tarefas do dia a dia. Poder comer, andar, banhar tranquilamente", comemorou o idoso.

Fernando Luis Susanna, retinólogo do programa, reafirma a importância do serviço para a população amapaense.

"É um procedimento necessário que veio atender quem realmente precisa. Não é toda doença ocular que pode ser tratada com colírio e a oferta da vitrectomia veio para ajudar essas pessoas à recuperarem a visão e assegurar uma melhor qualidade de vida", disse o médico.

A vitrectomia ocular é uma cirurgia indolor, segura e rápida, sendo indicada para tratar casos de buraco macular, descolamento da retina, retinopatia diabética, complicações decorrentes da cirurgia de catarata e outras doenças retinianas. A cirurgia demora aproximadamente 2 horas e a recuperação varia de acordo com cada caso, mas é possível perceber uma melhora significativa na visão após 6 meses. 

Marco Antônio, diretor do programa Mais Visão, afirma que, apesar de existir a oferta do procedimento, vários pacientes estão desistindo do atendimento.

"Talvez seja por medo da pandemia, mas reforço que seguimos todos os protocolos de segurança para trazer a melhor assistência possível. A cirurgia, por ser de alta complexidade, onera muito ao Estado e uma falta do paciente representa tempo perdido do médico mas, principalmente, representa alguém que deixou de realizar o sonho de enxergar", explicou o diretor.

Mais Visão 

A segunda fase do programa Mais Visão segue funcionando com a aplicação devida das medidas e protocolos de distanciamento entre os usuários. Os pacientes, junto aos acompanhantes, passam por uma triagem clínica e, caso sejam considerados um caso suspeito, os dois seguem para a realização do teste rápido. Em casos positivos de covid-19, o procedimento ocular é reagendado, assegurando que o paciente receba o atendimento após recuperação total.

A expectativa é de que nesta fase sejam realizadas mais de 15 mil cirurgias e mais de 150 mil procedimentos oculares. O programa é fruto de uma parceria do Governo do Amapá com o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate (Capuchinhos) e conta com recursos de emenda parlamentar do senador Davi Alcolumbre e orçamento do Tesouro Estadual.

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