sexta, 31 de maio de 2019 - 09:49h
Secretaria de Saúde mostra a gestores de hospitais como obter ressarcimento do SUS
Recurso investido pelo Estado na saúde pública, pode ser ressarcido pelo governo federal se unidades atenderem protocolos exigidos pelo SUS.
Por: Elmano Pantoja
Foto: Elmano Pantoja/Sesa
Secretária Eliane Heidemann disse que reorganizar o faturamento da rede hospitalar é essencial no processo de gestão da saúde

Nesta sexta-feira, 31, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apresentou aos gestores da rede hospitalar um estudo prévio sobre o subfaturamento das unidades, produzido pela Escola de Saúde Pública do Amapá (ESP). Ele tem como base um projeto que busca aumentar o ressarcimento do Estado, a recursos aplicados diariamente que vão desde a entrada até a saída do paciente do hospital.

O estudo teve como base o faturamento do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), que passou por uma reorganização para que as informações relacionadas ao custo dos procedimentos na unidade, fossem informados ao Ministério da Saúde obedecendo às diretrizes e protocolos estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que garante o ressarcimento. Segundo a diretora do HMML, Nayra Barbosa, o trabalho resultou em um faturamento três vezes maior do que o hospital tinha há cerca de um ano.

"Todo tipo de procedimento que o paciente faz, desde que entra no hospital, deve constar no prontuário para ser faturado. E, muitas vezes, deixa de ser feito porque o protocolo operacional padrão não é obedecido, ou falta algum carimbo clínico, dentre outras coisas. Nossa reorganização possibilitou que o faturamento do hospital saísse de aproximadamente R$ 250 mil, em ressarcimento, para R$ 950 mil", explicou a Barbosa.

O recurso não retorna, necessariamente, para a unidade que faturou. Ele vai para o Fundo Estadual de Saúde para custeio de medicamentos, correlatos e outras necessidades da rede hospitalar, segundo explicou a diretora-geral da Escola de Saúde Pública, Karina Castelo Branco. Ela também disse que o ressarcimento ainda está longe de ser compatível com o subfaturamento que é feito pelo Estado, mas que o trabalho está surtindo efeito positivo para diminuir os impactos financeiros na saúde.

Através desses resultados, a ESP deu início a uma capacitação voltada aos faturistas, gestores e corpo clínico dos hospitais, para melhorar o faturamento de toda a rede. Segundo Karina, o objetivo é começar com medidas simples que já melhoram o faturamento. "Nós precisávamos reunir toda a equipe envolvida no faturamento para se ter essa atenção especial em simplesmente apresentar as informações necessárias. Esse estudo foi importante para identificarmos onde estão os erros para que cada unidade possa fazer suas adequações", ressaltou a diretora-geral da ESP.

Para a secretária adjunta de assistência à saúde, Eliane Heidemann, reorganizar o faturamento da rede é essencial no processo de gestão. "São ações que demandam pouco investimento, como só uma reorganização de fluxo, por exemplo, mas que trazem um resultado positivo com um grande impacto na questão financeira", disse. 

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